Transtornos

Parto sempre do princípio de que possuímos uma sabedoria interna. Em cada amigo de jornada que me procura, parto deste princípio, que existe uma fonte inesgotável de energia pura e transformadora dentro de cada um de nós. E o local onde iremos acessar estesconteúdos mais profundos está no inconsciente. É essa sabedoria interna que existe em mim e em você que estão as respostas para todas as nossas dúvidas. Nosso inconsciente é o reservatório dos nossos traumas e tesouros. E qual é o meu papel? Ser uma guia, uma facilitadora do seu contato com a sua sabedoria interna para a compreensão dos seus problemas até o dia em que você poderá ser seu(a) próprio (a) terapeuta.

Somos uma “equipe”. A partir do que você me trouxer, você me passa suas impressões, sentimentos, pensamentos, e eu lhe devolvo o que compreendi, provavelmente sem suas defesas antiquadas que, justamente por proteção, não lhe permitiram perceber algumas coisas. Estas defesas já foram úteis em algum momento de sua existência, mas hoje não se encaixam mais tão bem na sua vida. Vamos avaliar, juntos, a forma como você pensa e o que acontece em sua vida.

Assim, o primeiro passo, que é identificar as questões que você deseja quem sejam trabalhadas; geralmente, eu vou lhe fazer perguntas, ajudando você a refletir, depois, vamos buscar um diagnóstico, respeitadas todas as suas particularidades e ainda assim vendo você como único, e, logo depois, utilizarei de métodos e formas de intervenção mais apropriadas para atingirmos o objetivo desejado. Além do verbal tradicional, como eu vou fazer isso? Através do conhecimento técnico-profissional das abordagens psicológicas e, muitas vezes, utilizando o recurso da hipnose e criando um contexto, onde, a partir de uma questão trazida à sessão espontaneamente por você e considerada relevante, será contada a história dela e como você quer que esta se desenrole; vamos entrar em suas emoções emergentes, no aqui-agora, e eu estarei observando suas reações verbais e não-verbais.

Após o trabalho de identificação, escoamento e compreensão de seus pensamentos, comportamentos e emoções, será possível realizar uma atualização mental, comportamental e emocional, o que significa novas escolhas e maneiras de encarar e lidar com a vida de forma mais satisfatória, retomando a fluidez da vida e a capacidade de tomar novas e suas próprias decisões como personagem principal de sua história.

Eu sempre lhe perguntarei ao final das sessões: “Como você percebe isto? Como é isso tudo para você? Faz sentido pra você?” “Tem alguma coisa que você queira perguntar?”.

Por vezes, irei lhe sugerir uma tarefa para trazer na próxima sessão, geralmente uma reflexão, uma pergunta ou um exercício para que você realize em casa. Não é obrigatório fazer, mas fazendo-o, principalmente por escrito, facilita no registro das questões, além de poupar tempo e otimizar a terapia, ensinando-lhe a praticar a terapia consigo mesmo.

Tenho como princípio a confiança no potencial interno do cliente. Se por algum motivo o cliente se perdeu no caminho que almejava trilhar, nós, facilitadores do seu encontro com sua sabedoria interna, a partir do que nos é trazido pelo cliente, devolvemos a informação de forma mais nítida. Assim, os processos facilitadores (abordagens e técnicas) mantém seu papel como pano de fundo, pois, neste trabalho, o processo é sempre realizado a partir de sua adequação ao conteúdo emergente do cliente e não tentando encaixar o cliente em uma abordagem psicológica; as abordagens são preciosas e cada uma delas tem algo valioso a contribuir e são utilizadas no momento adequado ao indivíduo.

O modo como nós interpretamos o que nos acontece é fator decisivo para nossos sentimentos de felicidade ou infelicidade. E tudo o que damos “foco” ganha força. E quando sua mente muda, a realidade muda.

O que é a Anorexia?


A Anorexia, também conhecida como Anorexia Nervosa, caracteriza-se por uma procura incansável pela magreza, levando o paciente a uma severa e auto-induzida perda de peso, utilizando recursos extremos como longos períodos de jejum, exercícios físicos excessivos, vômitos induzidos, uso de laxantes, diuréticos ou moderadores de apetite, todos no intuito de forçar uma perda de peso cada vez maior. Há gradativa distorção de imagem corporal e os ciclos menstruais ficam interrompidos por no mínimo três meses. A pessoa que está atravessando um quadro de anorexia tem apetite normal, alterado mediante a ingestão de algumas substancias e como conseqüências psicológicas da sua aversão à comida, pode passar a perder o prazer em se alimentar. Pode ou não estar relacionada a episódios de bulimia. Imprescindível alertar que a Anorexia Nervosa é um transtorno grave, e o risco de óbito está em torno de 5 a 15%.

Quando surge esse transtorno?

A Anorexia surge com mais frequência na adolescência e no adulto jovem, sendo que ocorrências na infância, embora mais difíceis, podem levar a distúrbios de crescimento. O quadro mais sério pode acarretar morte por inanição e graves perdas nutricionais, bem como tratamento através de sondas. Uma das imagens que ficaram mais marcadas na mente das pessoas muitas modelos e manequins apresentando um corpo disforme e quase nenhum índice de gordura corporal, numa visão aterradora a todos. Estas, ainda assim, percebem-se muito acima do peso, numa total distorção da realidade, mesmo já tendo um prejuízo físico e mental considerável. Há um caso na literatura, de um modelo masculino que sofreucom o distúrbio, o levando ao óbito, mas são raros. Em outras ocasiões, conseguem até compreender a gravidade de sua situação, mas dizem não conseguir revertê-lo. Além da psicoterapia ser altamente indicada, o ideal seria a interação com a família, podendo ser feita de forma individual, familiar ou em grupo. Também é aconselhada para evitar-se intervenções mais graves, como o uso de força ou atitudes à revelia do cliente. Em alguns casos, as pessoas com anorexia tentam ou cometem suicídio. Atualmente têm se falado a respeito de um transtorno que está ficando cada vez mais em moda, que é a anorexia alcoólica, onde em busca do peso ideal e da perda do apetite a pessoa passa a ingerir grandes quantidades de bebida alcoólica, prejudicando-se de forma ainda mais agressiva e piorando seu quadro pois, além de sofrer de anorexia, passa a ter grandes chances de desenvolver o alcoolismo.

Quais as causas da Anorexia?

Existem várias causas, mas a causa mais importante vem da falta total de autoestima da pessoa. Quais os sintomas da Anorexia? Busca incansável pela magreza; longos períodos de jejum; exercícios físicos exagerados; visão completamente distorcida da imagem corporal; interrupção dos ciclos menstruais por, no mínimo, 3 meses; vômitos induzidos; uso de laxantes, diuréticos ou moderadores de apetites para forçar a perda de peso pode estar relacionada ou não a episódios de bulimia; a pessoa pode ingerir álcool em busca da perda de peso.

O que é Depressão?

A Depressão é considerada uma tristeza patológica, e essa tristeza patológica ocorre quando é muito severa e de longa duração, pois não está servindo para readaptar o indivíduo a eventos dolorosos como uma morte de um ser querido, uma ruptura amorosa, um acidente, ou às insatisfação de sua vida. Há uma clara dificuldade em aceitar os eventos passados e olhar para além deles. A Depressão é um sentimento de completa impotência e frustração diante da vida, onde parece que nada mais importa, pois, afinal, a vida perdeu seu significado. Há uma profunda insatisfação consigo mesmo, com o mundo e/ou com as demais pessoas. A pessoa deprimida não consegue ver graça em praticamente coisa alguma. O mundo é em preto em branco e seus desejos, seu ânimo e humor estão rebaixados. O indivíduo sente o tempo parado, arrastado, junto com sua vida. Muitas vezes a pessoanão demonstra tristeza nem chora, e o quadro mais evidente pode ser uma profunda e total falta de sentido para a sua existência.

Quais são as causas?

As causas são diversas e, como dito acima, as mais comuns, ocorrem após uma desilusão amorosa, um rompimento abrupto por morte, mudança de rotina por conta de um acidente ou doença, sentimento continuado de não possuir forças para lidar com as dificuldades da vida, arrependimento ou grande sentimento de culpa onde não se perdoa alguém ou a si mesmo por determinada situação que modificou sua existência, dentre outros semelhantes. Deve-se observar a influência de fator genético, ou seja, outras pessoas da família que tenham ou já tenham tido episódios depressivos. É importante considerar, também, que a depressão pode estar relacionada a doenças físicas, como o abuso de álcool ou drogas, como consequência de uma doença grave ou dores crônicas (e vice-versa), cefaléias, enxaquecas e dores musculares. Também podem estar associadas a outras patologias psicológicas como transtornos de ansiedade, transtorno de pânico, transtorno bipolar, dentre outras. A depressão costuma estar associada a sintomas de ansiedade em aproximadamente 60% dos casos, e ao fazer o diagnóstico é preciso diferenciá-la de outras patologias psiquiátricas como transtorno de pânico, fobias, transtorno obsessivo-compulsivo e esquizofrenia.

Quais os sintomas da Depressão?

De acordo com o DSM (Manual Diagnóstico e Estatístico de Desordens Mentais) da Associação americana de psiquiatria, um paciente com depressão maior precisa ter pelo menos cinco dos nove sintomas abaixo, durante pelo menos duas semanas, embora um dos dois primeiros deva ser notado:

1. Humor deprimido (desânimo, mau humor), a maior parte do dia, quase todos os dias

2. Prazer e interesses reduzidos em quase todas as atividades durante o dia

3. Considerável ganho ou perda de peso quando não estiver fazendo dieta e diminuição e/ou perda de apetite quase todos os dias

4. Insônia ou hipersonia (excesso de sono) quase todos os dias ou noites

5. Inquietação fora do normal ou diminuição na atividade física, quase que diariamente

6. Cansaço, fadiga e sensação de estar sem energia quase que diariamente

7. Sentimento de inutilidade, culpa e auto-desvalorização demasiados e quase diariamente

8. Capacidade reduzida para pensar, concentrar-se e para a tomada de decisões, quase que diariamente

9. Pensamentos constantes de morte, desejo de morrer e tentativas de suicídio

Além de outros sintomas possíveis: Dificuldades para levantar da cama ou acordar muito precoce; baixa da autoestima; pessimismo, negativismo e desesperança; desânimo, apatia, insegurança; inércia; tristeza, choro persistente; irritabilidade; visão pessimista do futuro; dores no corpo / dor crônica; sentimento de impotência; isolamento social, perda ou considerável diminuição da produtividade e grande ou total; desinteresse pelo lazer e pelos contatos sociais; forma distorcida de perceber a realidade: tudo é ruim, negativo, desnecessário;

Qual são os tratamentos para a Depressão?

Muitas vezes, a depressão pode passar despercebida, como uma simples tristeza passageira, mas ela se encontra, insidiosa, dentro da pessoa. Por isso é tão importante que a pessoa que se identifique com cinco destes sintomas principais por pelo menos duas semanas seguidas, consulte avaliação profissional para se tratar. É fundamental que pessoa que esteja deprimida saiba que a depressão é uma doença, e não um defeito em seu caráter, fraqueza, ou “falta de vergonha na cara”. É plenamente possível, desde que realizando todos os procedimentos solicitados pelo profissional, a recuperação eficaz. Há várias opções de tratamentos e seu objetivos são eliminar completamente os sintomas depressivos (farmacologicamente e com hipnose) e em conjunto, ajudando-o a perceber que ele não “é” a depressão nem “é” depressivo, ele “está” passando por um processo de depressão. Ele é, na verdade, muito diferente e além de sua doença. No início do tratamento, as chances do problema oscilar e voltar são grandes, mas com o tratamento correto e na duração sugerida pelo profissional há uma grande chance de melhora. Por isso, nunca interrompa o tratamento, que varia de acordo com cada pessoa. Em meu trabalho, a psicoterapia e a hipnose minimizam e eliminam os sintomas, ajudando o indivíduo a compreender as causas de sua depressão, pois trabalham a compreensão do indivíduo em seu âmago, dando outros sentidos em sua vida, até então preto e branca e à princípio destituída de significado, dando possibilidade de criação de novas cores a partir de uma reconstrução interior.

O que são transtornos alimentares?

Os Transtornos Alimentares estão relacionados a todos os distúrbios em que tenham como causa a escolha voluntária do indivíduo por uma alimentação inadequada; a pessoa declina de comer (anorexia) ou come exagerada e compulsivamente (bulimia, compulsões alimentares). Pode ocasionar desde o emagrecimento doentio e, por consequência, a um quadro de desnutrição fatal (caquexia), como ao ganho desmedido e descontrolado de peso e a outros problemas físicos e mentais decorrentes da má alimentação. O problema surge com mais frequência na adolescência e no início da fase adulta, sendo que ocorrências na infância, embora mais difíceis, podem levar a distúrbios de crescimento. O quadro mais sério pode acarretar morte por inanição e graves perdas nutricionais, bem como tratamento através de sondas. Ocorre na maior parte das vezes em mulheres. Segundo estatísticas, os transtornos alimentares ocorrem predominantemente em pessoas do sexo feminino, nos índices de 95%, haja vista as questões culturais envolvendo dietas e manutenção do peso ideal e da ditadura da magreza ser muito mais exigida em nossa cultura às mulheres, onde a saúde a qualquer custo cria, em oposição, a perda dela e seu desequilíbrio; estima-se que entre 0,5 e 4% delas possam desenvolver Anorexia Nervosa, 1 a 4,2% Bulimia nervosa e 2,5% o distúrbio do Comer Compulsivo. No entanto, homens também pode ter os problemas citados, bem como obesidade e obesidade mórbida (estes dois últimos serão detalhados em artigo posterior).Tanto na anorexia quanto na bulimia há uma preocupação exagerada com o corpo, de forma que este fato passa a fazer parte de seu dia integralmente. Mesmo em casos menos severos, a preocupação com dietas, plásticas, uso de remédios, laxantes, exercícios físicos e os mais diversos expedientes para perda de peso consomem a maior parte do dia destas pessoas, que são altamente influenciadas pelos ditames culturais da moda e do emagrecimento.

Quais são as causas dos transtornos alimentares?

As explicações mais usuais das causas, além das sociais, giram em torno da relação do indivíduo com o próprio corpo e com a família, bem como a busca frenética por uma corpo “padrão e perfeito”. Embora muitas vezes tais questões culturais possam estar relacionadas, costumam ser maior aderidas em mulheres muito fragilizadas em sua autoestima, altamente influenciáveis e com problemas delicados acerca de sua auto-imagem e personalidade. Outras causas relatam a alimentação e os cuidados na infância e adolescência, indicando uma intrínseca relação indivíduo e cuidados (ou falta de cuidados) familiares, onde a recusa poderia ser uma forma de rebeldia ou atenção. O fato é que os transtornos alimentares são um dos transtornos que mais evidenciam a interrelação biopsicossocial nos distúrbios. Sendo assim, é necessário e mais producente um trabalho transdisciplinar, que possa dar atenção a todas as áreas da vida do indivíduo, bem como livre trânsito de ideias entre um conhecimento e outro. Portanto, as causas são complexas e requerem atenção para que sejam compreendidas.

Fatores de risco:

Culto excessivo ao corpo; Maus hábitos alimentares; Distorção da imagem corporal; Autoestima baixa; Sentimento de culpa; Questões hormonais; Distúrbios emocionais. Tudo isso está ligado às seguintes condições: saúde psicológica, sociocultural, biológica e genética. Então busque um psicólogo

Os tipos e sintomas de distúrbios alimentares são:

Anorexia Nervosa; Bulimia Nervosa; Transtorno de Compulsão Alimentar; Hipergafia; Ortorexa; Síndrome de Pica; Transtorno da Compulsão Alimentar Periódica (TCAP); Vigorexia.

Os sintomas encontrados na Anorexia Nervosa, são: Busca incansável pela magreza; longos períodos de jejum; exercícios físicos exagerados; visão completamente distorcida da imagem corporal; interrupção dos ciclos menstruais por, no mínimo, 3 meses; vômitos induzidos; uso de laxantes, diuréticos ou moderadores de apetites para forçar a perda de peso. Pode estar relacionada ou não a episódios de bulimia. A pessoa também pode ingerir álcool em busca da perda de peso.

Já no Transtorno Bulímico, há um descontrole alimentar tanto para a alimentação exagerada quanto para a eliminação do que foi ingerido. Assim como na anorexia, após a diminuição da compulsão, há o sentimento de culpa pela quantidade de comida ingerida e o desejo desesperado pela perda de peso.

Seus sintomas, são: Pensamento e desejo insaciáveis por comida; descontrole sobre a comida, ingerindo uma grande quantidade, principalmente doces; pode estar relacionado a episódios de anorexia; sente-se desprezível tanto pelo descontrole de comer quanto pelo processo de eliminar a comida; come às escondidas; provável problema de hemorróidas, constipação; (em virtude do uso excessivo de laxantes); perda do esmalte dos dentes e ferimentos nos dedos e garganta (por causa do ácido estomacal, que é consequência da indução constante ao vômito) Alteração do equilíbrio sanguíneo e coração; comer Compulsivo; alguns pesquisadores utilizam outra nomenclatura para os bulímicos que não desejam engordar, mas que comem desenfreadamente e não utilizam formas extremadas para emagrecer. A este também é dado o nome de Binge. Neste casos, o indivíduo, de fato, pode engordar acentuadamente, a partir de uma alimentação descontrolada e precária em seguida, e vice-versa. Os Transtornos Alimentares geralmente estão relacionados a outros distúrbios (comorbidade) com a Depressão e a distúrbios da ansiedade e também estar associado a outros fatores de comorbidade como compras compulsivas, o roer unhas, o Transtorno Compulsivo Obsessivo, dentre outros.

Quais são os tratamentos para transtornos alimentares? Dentro do ponto de vista psicológico, o indivíduo acima do peso, mesmo diante do óbvio prazer em alimentar-se compulsivamente, tem no alimento uma forma de descarga de sua angústia e ansiedade, tentando, mesmo de forma não consciente, preencher com isso seus vazios emocionais. Não obstante aos diversos tratamentos de emagrecimento, realizados de forma equilibrada e junto a profissionais competentes, o fracasso é muito grande. Afinal, diferentemente das drogas, o alimento não é passível de ser abandonado, criando um misto de prazer e sofrimento para os que dele exageram. Além disso, enquanto há uma força psicológica e cultural empurrando o indivíduo ao emagrecimento de forma intempestiva, as indústrias alimentícias utilizam uma propaganda maciça e imperiosa para a alimentação rápida (fast food) e desenfreada, bem ao estilo de vida pró-ativo que esconde a ansiedade e a competição covardes no mundo, deixando a derrota apenas com os seus consumidores. Há a tentativa verdadeira de muitos no emagrecimento de forma saudável, mas apenas tal vontade não soluciona a questão. É preciso averiguar todos os pormenores deste transtorno tão instigante e sabotador que é o distúrbio alimentar. Nunca é demais ressaltar que é necessária uma mudança para hábitos saudáveis como não fumar, evitar quando possível e aprender a lidar com os estresses da rotina, adotando uma forma de pensar igualmente saudável, alimentando-se bem e equilibradamente e realizar atividade físicas regulares. Após uma cuidadosa anamnese, serão adotadas práticas de reequilíbrio alimentar a partir de técnicas Cognitivo-Comportamentais, bem como a utilização da hipnose para emagrecimento e principalmente, sua manutenção, a partir de uma mudança na autoimagem e fortalecimento da autoestima.


O que é Insônia?

A insônia é um distúrbio do sono que afeta pessoas de ambos os sexos e em qualquer idade. Pode possuir três etapas:

• A pessoa não consegue dormir quando se deita

• A pessoa consegue dormir, mas o nível de sono é fraco, acordando durante a noite

• A pessoa dorme, mas acorda mais cedo que o necessário para um sono reparador

 E ser classificada em três níveis:

• Transitória ou Esporádica: Quando persiste por atéquatro semanas

• Aguda: Quando dura até seis meses

• Crônica: Quando a dificuldade ultrapassa o período de 6 meses e tem o tempo indeterminado.

O diagnóstico da insônia deve ser estabelecido após avaliação de um profissional de saúde e a insônia será avaliada se primária ou secundária, bem como a origem do problema (orgânica ou emocional).

Quais são as causas da Insônia? As causas da insônia são diversas, dentre elas fatores do ambiente (barulho, TV, rádio, indústrias no local); uso de alguns medicamentos para depressão, perda de peso, hipertensão, entre outros; alimentação demasiada ou poucas horas antes de dormir; ingestão de café, álcool, chocolate, cigarro e outros estimulantes do sistema nervoso central; mudanças no horário de deitar-se (o corpo se adapta a um determinado horário, mas se este é alterado bruscamente, ele demora a se recompor); sedentarismo; doenças ou problemas de saúde que provocam a chamada insônia secundária (a partir da dor crônica, de estômago, cólicas, enxaquecas, hipertireoidismo, desordens mentais diversas, apnéia do sono, que é o roncar durante a noite), dentre outras.

Já as causas psicológicas implicadas são: problemas de relacionamento, estresse, ansiedade, depressão: A mente e o emocional do insone não param, elaborando e reelaborando questões e, fundamentalmente, os problemas de ordem familiar, de saúde, financeiros e outros que estejam o afetando. Podemos dar como exemplo um indivíduo que tenha passado anos sob constante preocupação, cuidando de seu olho ou outra pessoa querida doente. Após o falecimento do ente, passou a apresentar um quadro de insônia.

Quais os sintomas da Insônia? Os sintomas mais comuns da insônia, são: cansaço; sonolência; irritação; desânimo; problemas de atenção; problemas de memória; piora na qualidade de vida; precipitação de acidentes; surgimento de doenças tanto de ordem mental quanto física; dor de cabeça, mal-estar; o que pode causar problemas de relacionamento, estresse, ansiedade depressão, doenças físicas.

Qual são os tratamentos para a Insônia?

A melhora da insônia está relacionada a fatores diversos. Como este é um espaço de estudo da influência mental e emocional na vida das pessoas, vamos focar mais esta questão, não por desacreditarmos nos fatores psicológicos, mas por estas já possuírem amplos estudos e áreas de atuação na medicina halopática. Sendo assim, os tratamentos em que comprovadamente a insônia apresenta um caráter psíquico privilegiam a psicoterapia e há adoção de algumas práticas que, independentemente até de suas causas, favorecem mudanças positivas e saudáveis no estilo de vida do indivíduo. A hipnose é indicada para o tratamento dos distúrbios do sono. Além disso, adotar as seguintes práticas:

Priorizar hábitos de vida saudáveis, cuidando do corpo e das emoções. Atividades que ajudam: rotina de exercícios físicos (devem ser feitos durante o dia e evitados antes de dormir); relaxamento, massagem, ioga, meditação, visualização, reiki, biofeedback, dentre outras; estes métodos, além de minimizarem as tensões, e reduzirem a ansiedade, propiciam, com a mente mais tranquila, soluções mais criativas com o por vir.

Antes de dormir, um banho morno ou escalda pés; uma leitura leve e uma música suave antes de dormir; evitar eletrônicos e barulhos, TV ou computador. Estes últimos emitem muitas luzes aos olhos, e estes estímulos (bem como as notícias nestas redes de comunicação) repercutem no organismo e no psíquico, sendo desaconselhável utilizá-los horas antes de deitar. Evite também alimentação pesada, bebidas que contenham álcool, cafeína ou chocolate.

Procurar dormir, se não no mesmo horário, em horários não muito diferentes do habitual, para que o organismo não se desorganize e mantenha sua regularidade.

Buscar que o ambiente em que se durma seja o mais harmonioso possível, de forma que criemos automaticamente a relação de nosso quarto com local de descanso e sono reparador, numa temperatura adequada, protegido de barulhos e luz.

O que é Comorbidade?

Comorbidade é a presença de mais de um transtorno no diagnóstico. Quando um transtorno de pânico vem acompanhado do distírbio de agorafobia, por exemplo, dizemos que a pessoa tem uma comorbidade.

Sua cama é sagrada: assim, tenha um bom colchão, adequado às suas necessidades (peso e altura), bem como um bom travesseiro. Se preferir, use também almofadas.

Tenha paciência consigo mesmo(a): se você se deita e não consegue dormir, levante-se, beba uma água, ouça uma música ou leia um livro (com iluminação não excessiva, mas adequada) até que possa se sentir mais cansado para ir se deitar.

“Escute” mais o seu organismo: embora aproximadamente 8 horas diárias de sono sejam as mais recomendadas, este número não é um padrão inalterável. Talvez você, pelo seu momento ou pelos seus padrões de corpo, precise um pouco mais, ou um pouco menos. Perceba isso. O importante é e sempre será o seu bem-estar.

O uso de receitas e métodos naturais, incluindo travesseiros, almofadas e máscaras para os olhos feitos de aromas e ervas desidratadas, embora não tenham tido sua eficácia comprovada, sendo inofensivos, podem ser utilizados, se trazem benefícios à pessoa. O importante é sempre estar atento para quaisquer eventualidades que estes possam causar, verificando sempre a saúde como um todo.

Lembrando que o uso de medicamentos deverá ser feito a partir da prescrição de um médico, haja vista os riscos da auto-medicação e de sua dependência. O uso da medicação para o sono é útil, mas não se compara ao bem-estar produzido pelo sono natural, causando uma sensação semelhante ao de uma ressaca. O órgão americano FDA Food and Drug Administration contra-indica o uso de remédios para insônia por período indeterminado.

Vale a recomendação de nossas mães e avós: não leve os problemas para cama! Cama é lugar de descanso. De fato, não iremos resolver os problemas do dia pensando neles à noite. Isso apenas irá nos desgastar e atrapalhará nosso sono, gerando um efeito bola de neve.

Maus hábitos atrapalham muito, pois nosso organismo se acostuma com eles, e nosso corpo é um fiel seguidor de nossos hábitos, sejam bons ou ruins. Então, se não respeitarmos nosso santuário e nossa casa temporária, que é justamente nosso veículo físico, passamos a ser escravos das necessidades dele, que ficam confusas e totalmente desgovernadas. Métodos de hipnose para insônia são largamente utilizados em meu consultório com resultados muito eficazes.

O que é o Transtorno de Estresse Pós-Traumático?

Transtorno de Estresse Pós-Traumático é um quadro de ansiedade ocorre após algum episódio claramente externo, ocasionando alta carga emocional em que repercutem grandes níveis de estresse ao indivíduo, onde este foi testemunha ou esteve diretamente envolvido, tais como uma catástrofe natural (enchentes, terremotos, tsunamis), acidente fatal ou não, ou em episódios como assaltos, estupros, sequestros e tentativas de homicídio, onde, inevitavelmente, ela não pôde se defender.

O Transtorno de Estresse Pós- Traumático caracteriza-se pela lembrança recorrente e muito vívida dos eventos específicos do fato a partir de pesadelos, flashes, em alguns caos até alucinações sobre o ocorrido, o que traz grande prejuízo neurofisiológico e psicológico ao mesmo, causandolhe intenso sofrimento.

Quais as causas do Transtorno de Estresse Pós-Traumático?

Assim como no TOC, TAG (Transtorno de Ansiedade Generalizada), Depressão, Transtorno Bipolar e a grande maioria dos transtornos, qualquer pessoa em qualquer idade pode desenvolver TEPT a partir de um evento traumático. Porém, algumas pessoas podem desenvolvê-lo ou não a partir de um episódio altamente estressante. Há indícios que pessoas mais ansiosas e com outros transtornos concomitantes sejam mais suscetíveis ao Transtorno de Estresse Pós- Traumático.

É óbvia a relação entre o evento e o distúrbio. No entanto, considera-se que as causas do Transtorno de Estresse Pós-Traumático se deem em virtude de um bloqueio psíquico e emocional que o trauma ocasiona. Toda situação drástica, trágica e/ou violenta na vida da pessoa, inevitavelmente, irá gerar um choque e haverá uma necessária fase pararecuperação. O problema ocorre quando, mesmo passado algum tempo, o episódio continua afetando completamente a vida no presente com pensamentos intrusivos, as cenas do ocorrido (flashbacks), pesadelos, sensações auditivas, cheiros, ideias e comportamentos relacionados ao evento.

Quais os sintomas do Transtorno de Estresse Pós-Traumático?

O TEPT costuma ocorrer ou imediatamente ou no período de até aproximadamente 3 meses após o fato e desaparecer depois; para que se possa considerar que a pessoa esteja tendo TEPT é necessário ter seus sintomas pelo período mínimo de um mês; em caso da não remissão dos sintomas, exige maior atenção dos profissionais de saúde. É natural que o indivíduo, através também de seu corpo, responda a eventos altamente estressantes, sempre buscando o reequilíbrio integral e interno, no entanto, algumas vezes esta tentativa natural falha e deve ser dada especial atenção se os sintomas não apresentarem melhora em aproximadamente 6 meses após o fato.

Pode desenvolver-se em pessoas que sofreram traumas ou grande estresse, geralmente onde houve impossibilidade de se defender. Devem ser observados por pelo menos um mês, e incluem:

Sintomas psicológicos:

Lembranças intrusivas (flashs);

Estado de “luta ou fuga”;

Pesadelos repetitivos;

Hipervigilância, tensão e sobressaltos;

Perturbação do sono;

Diminuição da concentração;

Sentimento de culpa e autopunição: “Eu sou culpada”;

Dificuldade de confiar em outras pessoas e nas relações interpessoais;

Medo em relação à segurança pessoal;

Baixa autoestima;

Sentimento de grande insegurança e desconfiança: “Eu sou fraco(a)”; “Eu sou impotente”; “As pessoas (o mundo) é um lugar muito perigoso”.;

Sintomas físicos:

Tonturas;

Dores no peito;

Mal-estares;

Problemas gastrointestinais;

Problemas imunológicos;

Dores de cabeça;

Quais os tratamentos para o Transtorno de Estresse Pós- Traumático?

Apresentar resposta ao evento durante o período subsequente não constitui distúrbio e é importante que seja suficientemente expurgado a fim de não gerar conseqüências maiores a nível físico e mental (insônia, irritabilidade, medo, reações e comportamentos exagerados em determinadas situações).

Se não tratado, o TEPT pode perdurar ao longo de vários anos e até por toda a vida. Além disso, o Transtorno de Estresse Pós-Traumático, se não tratado corretamente, pode embotar os sentimentos e emoções de seu portador, de forma que este evite o sofrimento, mas, no entanto, passe a não responder de maneira positiva aos afetos e às alegrias da vida. Sua perspectiva de mundo e futuro poderá ser limitada e pessimista, em alguns casos, com idéias persistentes de morte e até de suicídio.

Os tratamentos são baseados na dessensibilização sistemática do evento ocorrido, no fortalecimento dos recursos interiores através da mudança cognitiva e ressignificação de vida através da hipnose.

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O que são os Transtornos Sexuais?

Os Transtornos Sexuais compreendem algumas dificuldades enfrentadas na campo da sexualidade, o que pode ocorrer em uma ou mais das seguintes etapas: desejo, excitação, platô, orgasmo e resolução. Após avaliação médica para eliminar quaisquer possibilidades de problemas estritamente físicos, dá-se início a verificação detalhada do problema sob o viés psicológico.

Quais são os tipos e sintomas dos Transtornos Sexuais?

Dentre os tipos de Transtornos Sexuais / Disfunções Sexuais mais comuns e seus sintomas, temos:

O transtorno de desejo sexual hipoativo: quando a pessoa se encontra com muitas dificuldades nos níveis de imaginação e fantasia sexuais. Há uma pronunciada falta de desejo e interesse pelas atividades sexuais, e é essa mudança que faz com que o sujeito procure ajuda.

O transtorno de aversão ao sexo acontece quando há um desinteresse no desejo até as outras etapas da atividade sexual. Neste transtorno, a pessoa não só receia como evita o contato sexual.

O transtorno de ereção (ou disfunção erétil), comumente conhecido como “impotência” (termo esse que deve ser evitado por ser incompleto e algumas vezes possuir conotação pejorativa) é uma dificuldade persistente ou periódica em manter o estado de ereção durante uma relação sexual completa. O homem pode conseguir ter a ereção, mas não consegue manter ou não a tem em nenhum momento. Nas mulheres, há o transtorno de excitação sexual, relacionado à falta de resposta ao estímulo sexual, que consiste, igualmente, na falta de resposta periódica ou persistente em manter a lubrificação-intumescência (aumento do fluxo sanguíneo na região genital) até o final da relação. Fatores emocionais também podem apontar para uma preocupação e controle excessivos com o desempenho ao invés do prazer no ato sexual propriamente dito, e sentimentos de fracasso, autodepreciação e autodesvalorização por parte do homem. O transtorno orgásmico feminino (ou anorgasmia) é uma demora persistente, periódica ou a inexistência do orgasmo após a etapa em que houve a excitação. Para isso é preciso avaliar a idade da mulher, as experiências sexuais que ela teve e se o estímulo estásendo adequado para ela; já o transtorno orgásmico masculino é a demora ocasional, contínua ou a ausência de orgasmo mesmo com a estimulação adequada em intensidade e duração.

A ejaculação precoce é a ejaculação mesmo diante de uma estimulação mínima que pode ocorrer antes, durante ou logo após a penetração ou sempre que ocorre antes do momento desejado pela pessoa. Por conta do critério do momento desejado ser muito relativo, o problema é mais frequente quando acontece antes ou quase que imediatamente após a penetração.

A dispareunia é a dor no genital de forma persistente ou recorrente após o ato sexual (tanto no homem quanto na mulher) não causada necessariamente pela falta de lubrificação ou vaginismo nem decorre de um problema físico. No vaginismo há espasmos involuntários, repetitivos e persistentes da musculatura da parte externa da vagina que obstrui e impede a penetração.

Quais as causas dos Transtornos Sexuais?

As causas devem ser investigadas a partir do histórico de vida do indivíduo, e cada uma delas deve ser observada se ocorreu desde sempre ou depois de um período onde a atividade sexual era normal (ou diferente, dentro dos padrões razoáveis de bem-estar), se ocorre com todos os parceiros (generalizada) ou específica (ocorre apenas sob determinado estímulo, situação ou com determinado parceiro (a)), se tem fundo emocional/psicológico ou a um conjunto de fatores psicológicos, físico e/ou consequência do uso de drogas ou substância psicoativas.

No caso de diagnosticado o problema como algo físico (por exemplo, problemas de ereção derivados de uma neuropatia diabética), o transtorno psicológico é descartado.

Traumas gerados por abuso sexual ou estupro, ansiedade, problemas no relacionamento com o parceiro (a), necessidade de controle, sentimentos deinsegurança e incapacidade são os principais causadores dos transtornos sexuais.

Quais os tratamentos para os Transtornos Sexuais?

É importante observar no quesito desejo a forma como a pessoa lida com sua própria sexualidade, o papel que esta tem em sua vida, como foi seu ciclo de desejo e relações anteriores, pois cada um tem uma intensidade diferente. O que é normal em termos de vontade para uma pessoa pode ser bem diferente para a outra, e o entendimento de qualquer dificuldade é partir sempre do princípio questionador: está fazendo mal a si ou a outras pessoas?

No vaginismo: psicoeducação, observação e mudança de comportamento e pensamento, práticas de relaxamento e contração da região pélvica (exercícios de Kegel); exercícios de dilatação da vagina com produtos chamados dilatadores também são recomendados, e devem ser orientados por um especialista em sexualidade.

Em todos os casos a psicoterapia está indicada. Para transtornos decorridos de traumas é preciso realizar a dessensibilização sistemática.

Esta terapia deve ter em conta de que, caso a pessoa que está tendo o problema tenha um(a) parceiro(a) é muito importante que este (a) também participe do processo. Muitas vezes, são sugeridas práticas com o parceiro (a), o que muito ajuda na solução do problema. Também são utilizados como métodos de tratamento a psicoeducação, com informações sobre os fases de respostas sexuais, anatomia, dentre outros, dirimindo dúvidas e respondendo aos mitos comuns sobre o assunto.

Sempre vale ressaltar que a saúde sexual deve ser vista de um modo abrangente do ponto de vista da história da pessoa, suas necessidades e expectativas.

O que é Agorafobia?

Agorafobia é um transtorno de ansiedade bastante comum em quem possui Transtorno de Pânico, e seus sintomas podem ser, na verdade, um quadro de Fobia Social ou Fobia Específica. A palavra é termo emprestado do grego em que “ágora” (praça) e “fobia”, juntos, querem dizer, literalmente, medo de locais abertos. No entanto, como transtorno, pode representar um temor que pode ser tanto de locais abertos quanto fechados, porexemplo, cinemas, teatros, shows, metrô, etc, onde, psicologicamente as pessoas possam se sentir, de alguma forma, vulneráveis e desprotegidas, com a sensação de que, no caso de um acidente “não terão como fugir” nem alguém para ajudar, uma sensação de aprisionamento. No caso da pessoa ter o Transtorno de Pânico como comorbidade1, há um grande medo de que a exposição a estas situações possa causar uma crise. Segundo o CID-10, “a agorafobia é grupo relativamente definido de fobias relativas ao medo de deixar o seu domicílio, medo de lojas, de multidões e de locais públicos, ou medo de viajar sozinho em trem, ônibus, ou avião”, ou em qualquer local onde a saída possa ser difícil e crítica. Antes ou depois de um episódio de agorafobia, é muito frequente que o transtorno do pânico esteja associado a ela.

Quais são as causas da Agorafobia?

A Agorafobia tem causas variáveis como qualquer transtorno, mas as pessoas que sofrem desse problema geralmente possuem características em comum. É claro que só atendo a pessoa poderemos saber, exatamente, o que a levou a desenvolver este transtorno. Há alguns estudos empíricos e descobertas durante o processo de hipnose que costumam mesmo a verificar algum momento em que a pessoa esteve presa ou extremamente vulnerável, repetindo a sensação em sua vida, outros, são consequências de traços da personalidade, que em algum momento deflagram o problema. Outros fatores relacionados, são similares a algumas das causas do Pânico.

Quais os sintomas da Agorafobia?

É comum encontrar sintomas obsessivos, depressivos ou fobias sociais em quem possuiu ou possui agorafobia. A evitação é um sintoma comum em quem tem o transtorno, haja vista buscar evitar as situações que possam gerar o processo. Assim, os indivíduos com o problema podem demonstrar pouca ansiedade, no entanto, poderão ter uma ansiedade intensa se estiverem diante do estímulo que produz o medo. São os medos mais comuns: estar longe da sua casa ou sozinho em casa ou na rua; estar em um ambiente onde já tiveram uma crise. “E se eu tiver aqui de novo?” “E se eu passar mal”? “E se eu desmaiar?”; locais fechados ou lotados: supermercados, show, restaurantes, cinema, teatro, aeroportos, rodoviárias; congestionamentos, estágios, filas, túneis, pontes, elevadores, ruas cheias; andar de carro, transporte público, viajar de avião ou navio; dificuldade ou incapacidade de sair de casa sozinha; assim como no pânico, “medo do medo”; sensação de sufocamento

Dificilmente a Agorafobia encontra-se como transtorno único, ou seja, na grande maioria das vezes ela está acompanhada ao Transtorno do Pânico.

Qual são os tratamentos para a Agorafobia?

Estratégias de exposição e aproximação gradual do estímulo amedrontador são bastante utilizadas nos tratamentos, principalmente nas abordagens cognitivo-comportamentais. Através da hipnose, a pessoa também é mentalmente estimulada a entrar em contato com o que a apavora e modificar suas impressões da situação vivenciada, trabalhando os pontos de vulnerabilidade, fragilidade e carência em sua vida.

O que é Comorbidade?

Comorbidade é a presença de mais de um transtorno no diagnóstico. Quando um transtorno de pânico vem acompanhado do distírbio de agorafobia, por exemplo, dizemos que a pessoa tem uma comorbidade.

O que é Fobia Social?

Todo mundo fica ansioso em algum momento e atento à reação das demais pessoas. Isso é natural e até mesmo saudável para as relações. O problema é quando a preocupação foge do controle. E o que seria fugir do controle? É ter um temor muito grande da exposição, ocorrendo em todas as ocasiões em que o sujeito possa ser ou sinta-se exposto ao olhar das outras pessoas. Geralmente o pensamento é que há uma possibilidade grande de ser humilhado e constrangido. A Fobia Social é muitas vezes associada à timidez, mas a fobia social se configura como um transtorno de grandes proporções, pois chega a impedir que a pessoa leve uma vida normal e realize atividades, podendo causar distúrbios físicos como alcoolismo ou uso de drogas (lícitas ou ilícitas) para relaxar diante dos encontros sociais, bem como pressão alta, gagueira, etc. As pessoas que possuem Fobia Social são muito exigentes consigo mesmas, temendo pela avaliação crítica das demais pessoas.

Quais as causas da Fobia Social?

As causas sempre serão definidas pelo temperamento que a pessoa costuma ter. Cada um lida com as pressões do cotidiano de uma maneira particular. No entanto, quem tem fobia social pode ter convivido num ambiente tenso ou terem sido colocadas em situações constrangedoras e desconfortáveis na família ou na escola. Crianças que sofrem ou sofreram bullying, se não tratadas, costumam desenvolver o transtorno. Experiências de rejeição e maus tratos também podem ter relação com o distúrbio. Em alguns casos, o processo de constrangimento ao qual essa criança vive, pode gerar uma revolta tão grande onde, ao invés de continuar recebendo as agressões, a pessoa pode se rebelar violentamente contra eles.

Quais os sintomas da Fobia Social?

Os principais sintomas são:

Temor da avaliação social, que pareça bobo ou seja avaliado negativamente;

Evitação ou grande dificuldade em ambientes sociais, tais como para:

Iniciar e/ou manter conversações;

Marcar encontro com alguém;

Ir a uma festa;

Comportar-se assertivamente (discordar de algo ou rejeitar uma solicitação);

Telefonar (principalmente quando não conhece bem a pessoa);

Falar com pessoas que representem alguma autoridade;

Devolver um produto à loja onde comprou;

Olhar para pessoas que não conhece;

Fazer e receber elogios;

Participar de reuniões, palestras, congressos, etc;

Falar em público;

Ser o centro das atenções (entrando em um ambiente onde já estejam pessoas, ou quando passam a prestar atenção nela);

Comer/Beber em público;

Escrever, digitar, trabalhar, e ser observado;

Ir a banheiros públicos;

Sintomas Físicos: palpitações; tremores; gagueira ou erros de dicção ou português; episódicos; sudorese; tensão muscular; sensação de vazio no estômago; boca seca; sentir frio/calor; rubor (ficar vermelho); tensão, dor de cabeça.

Quais os tratamentos para Fobia Social?

É muito importante que a família perceba a fobia social já em criança, pois a tendência é que ela se agrave com o decorrer dos anos. Um método muito utilizado nos tratamentos é realizar a exposição gradativa através do treinamento de habilidades sociais, bem como um eficiente trabalho para a melhora da autoestima, auto-valorização e percepção de si mesmo, o que é feito a partir de hipnose e psicoterapia.

O que é Fobia Específica?

A Fobia Específica é um medo intenso e persistente desencadeado pela proximidade ou aproximação de um objeto específico. A pessoa sabe que seu medo é exagerado e irracional, mas não consegue controlá-lo. A Fobia Específica é diferentes dos transtornos fóbicos, e essa diferença se faz de acordo com situações evitadas, e as características relacionadas ao transtorno. Por exemplo, pessoas que evitam várias situações típicas de agorafobia (dirigir, lugares fechados, ambientes com muitas pessoas) talveztenham sejam diagnosticadas com Transtorno de Pânico com Agorafobia, pois o mais temor é experimentar uma crise de pânico. Do mesmo modo, todas as situações em que a pessoa tem muito receio da avaliação e crítica social, como falar em público e conhecer pessoas novas, tem um provável diagnóstico de Fobia Social.

De acordo com o DSM-IV (Manual de Diagnóstico de Transtornos Mentais) há cinco categorias principais de fobias, que são: animal, ambiente natural, sangue (injeções, ferimentos, situações e outros). Fobias do tipo animal podem ser quaisquer animais, geralmente: cobras, aranhas, lagartos, lagartixas, insetos, gatos, cães, ratos, pássaros. Este tipo de fobias geralmente começam na infância, sendo o tipo de fobia específica mais frequente nas mulheres. Fobias de ambiente natural estão relacionadas ao medo de raios, tempestades, água, altura, sendo a de altura a mais frequente entre os homens. Também ocorrem mais na infância, mas a fobia de altura pode acontecer mais tardiamente que a dos outros tipos. As de tempestade e água costumam acometer mais as mulheres. Há algumas controvérsias sobre a fobia específica de altura ser do tipo ambiente natural. Fobias a sangue/injeções/ferimentos estão relacionadas ao medo de sangue, ferimentos, cirurgias, injeções ou procedimentos médicos associados. Geralmente ocorrem na infância ou no início da adolescência. Quando diante do episódio, a pessoa costuma ter uma queda de pressão, podendo até mesmo desmaiar.

Fobias situacionais estão relacionadas, geralmente, às mesmas questões que as pessoas com agorafobia temem: medo de locais fechados, medo de avião, de elevadores, de dirigir, etc. Eles costumam acontecer mais a partir dos 20 anos e podem se associar a ataques de pânico. Existem muitas outras fobias específicas, embora não sejam tão comuns nem categorizadas como as citadas anteriormente. Algumas delas são: medo de fogos, de balões, de palhaços, de vomitar, asfixiar-se, dentre outros.

Quais são as causas da Fobia Específica?

As causas da Fobia Específica estão relacionadas ao agente do medo da pessoa, que faz com que ela sinta um intenso temor e a sensação de que este irá lhe causar algum tipo de dano. O histórico de vida da pessoa deve ser avaliado para compreendermos a associação do objeto de fobia com algum incidente/acidente na vida da pessoa, geralmente ocorrido na infância.

Quais os sintomas da Fobia Específica?

Os sintomas da fobia específica são:

Mal-estar; Medo intenso; Ansiedade; Sudorese; Tendência à fuga para longe do objeto; Tremores; Palpitações

Qual são os tratamentos para a Fobia Específica?

Existem cada vez mais confirmações de que o tratamento para fobias específicas possuem excelentes resultados. Os tratamentos para fobias, quando utilizados por um profissional competente, incluem dessensibilização traumática, com a exposição gradual e sistemática da pessoa frente ao objeto fóbico, o que pode ser realizado sob hipnoterapia. Outras técnicas, como a técnica de fobia da PNL, também são realizadas no consultório com um altíssimo índice de sucesso.

O que é TAG?

Você é uma daquelas pessoas que vive aflita, preocupada, como se estivesse quase sempre sentindo um sobressalto, como se o mundo fosse cair na sua cabeça, com a sensação de que algo desagradável pode acontecer a qualquer momento, sofrendo de véspera, tanto com coisas sem importância até nas mais sérias, imaginando catástrofes? Costuma se dar conta, muitas vezes, que se preocupou demais sem necessidade com coisas que não aconteceram e provavelmente não iriam acontecer, observando que, realmente, fica tenso (a) demais? Atenção: Você pode estar sofrendo do Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG). O Transtorno de Ansiedade Generalizada traz muita ansiedade, nervosismo e preocupações (expectativas, apreensões) excessivas, e isso pode estar ligado a uma série de atividades (vida pessoal, profissional, estudos, etc) ou a tudo junto. Há uma dificuldade muito grande em controlar seus pensamentos de preocupação, o que causa um mal-estar constante. A pessoa simplesmente sente que precisa estar alerta o tempo todo, que tem que resolver alguma coisa, e não se permite relaxar, o que acaba provocando um grande desgaste físico e mental.

Quais as causas da TAG?

O Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) é consequência da insegurança (medo) em relação à alguma coisa. O problema pode ter sido propiciado por algum evento estressante, como uma mudança de emprego (demissão ou admissão), casamento, separação, nascimento do primeiro filho, compromissos pessoais e profissionais, provas e apresentações, questões de saúde (sua ou na família) e qualquer outro evento que gere algum tipo de ansiedade/estresse. Geralmente ocorre mais se você sente que tem uma carga enorme de responsabilidades, como se precisasse “carregar o mundo nas costas”. Uma outra condição é se percebe o que acontece consigo, com outros e no mundo com grande preocupação. Personalidades que precisam controlar os eventos e que têm dificuldades para lidar com as frustrações também costumam ser sérias candidatas ao TAG.

Quais os sintomas da TAG?

Dificilmente uma pessoa com TAG procura ajuda para o problema; quando procuram, geralmente já recorreram a outro tipo de ajuda para outros transtornos de ansiedade ou foram a médicos por conta de sintomas físicos sem imaginar que seja Transtorno de Ansiedade Generalizada. Isso se deve, muito provavelmente, pela vida estressante levada principalmente nos centros urbanos, onde o “normal” é viver sob tensão. Por outro lado, muitas pessoas consideram que ser agitado e tenso seja um traço da personalidade, não considerando que isso seja algo que possa ser plenamente modificado. Atualmente, considera que a pessoa deva ter pelo menos 3 dos sintomas listados abaixo, por pelo menos 6 meses, quase todos os dias:

1. Inquietação ou sentir-se “ligado”

2. Cansar-se com facilidade

3. Dificuldade de se concentrar ou ter a mente tranquila

4. Irritabilidade

5. Tensão muscular

6. Perturbação do sono

Alguns sintomas coadjuvantes, que também podem estar presentes no transtorno, são: Dores de barriga, medo e preocupação constante, enjoo, manias (roer unhas, dar nós no cabelo, etc), pensamentos “acelerados”, falta de ar, enjoo, palpitações, aumento da pressão arterial, mãos e pés suados, vontade constante de urinar.

Quais os tratamentos para TAG?

Alguns tratamentos incluem desde a mudança de pensamento e comportamento a métodos de hipnose a psicoterapia. Em primeiro lugar, reflita: de 0 a 10, esta situação realmente merece minha “pré-ocupação”? Se a resposta for afirmativa, o que eu posso fazer a respeito? Se mesmo após esta reflexão você continua tenso (a), pense: será que eu não estou superestimando esta situação? Se por um momento eu pudesse olhar com os olhos de uma outra pessoa, vendo a situação de fora, o que eu pensaria e sentiria? Perceba: Ninguém consegue resolver tudo o tempo todo, e há coisas que não dependem de nós e têm o seu devido tempo para acontecer. Você não é o responsável nem tem o controle de tudo. Métodos de Relaxamento, hipnose e auto-hipnose são extremamente recomendados de eficácia comprovada. Mudanças de pensamento geram mudanças de sentimento, que por si mudam sua atitude. Faça uma análise realista das suas possibilidades e não seja cruel consigo mesmo. Chás e sucos calmantes como camomila, maracujá, respectivamente, auxiliam no tratamento. Tomar um banho morno ou fazer um escalda pés, massagem e realizar relaxamento e praticar ioga também são ótimos. No consultório você irá aprender a desacelerar e a relaxar sozinho sempre que quiser e precisar, levando este recurso com você para sempre.

O que é o Transtorno do Pânico?

Transtorno da Síndrome do Pânico, Sintomas e Tratamentos – Também chamada de Crise Ansiosa Aguda, a síndrome ou Transtorno do Pânico é a ansiedade mais intensa que um indivíduo pode sentir,no limiar do insuportável e sem causa aparente. Você costuma acreditar que está tendo um ataque cardíaco, um acidente vascular cerebral, que está morrendo ou enlouquecendo, vai a um posto de saúde, e ouve do médico: “Está tudo normal”. É claro que você fica aliviado, mas pensa: “Como assim? Eu tinha certeza de estar tendo um ataque cardíaco? Será AVC?”.

O Transtorno de Pânico faz com que a pessoa tenha um repentino e intenso medo ou mal-estar, de algo ruim acontecendo, perda de controle, que acontecem de forma repetitiva e não gradual, causando uma angústia terrível e fazendo com que a pessoa queira fugir ou buscar ajuda imediatamente; ou seja, de uma hora para outra, o indivíduo pode ter um “ataque de terror”, podendo desenvolver fobias e um medo cada vez maior e mais irracional, com uma aterrorizante ideia de que se vai morrer ou que está morrendo, a partir daí modificando seus hábitos e sua vida para evitá-los (podem parar de dirigir, de ir ao supermercado, sair de casa, entrar em elevadores, fazer programas sociais, dentre outros eventos por temerem uma crise).

Alguns relatam como que se tivessem uma “premonição” de que terão uma crise, caracterizada por um mal-estar físico e mental, gradativamente tendo mais “medo de ter medo”. O Pânico é uma reação de enorme suscetibilidade do sistema nervoso central, através de nossos neurônios e neurotransmissores que manda respostas rápidas da mente ao organismo. Este verdadeiro sistema de alarme reage em situações de perigo iminente, em catástrofes que podem causar prejuízo à integridade da pessoa ou à sua vida, fazendo parte de nosso instinto de preservação (afogamento, animais, quedas, incêndio, assaltos, atropelamento, dentre outros). No Transtorno do Pânico, este sistema de alarme é ativado de forma abrupta e sem motivo aparente, muitas vezes podendo ocorrer no indivíduo quando este acorda ou está seguro em sua casa.

Os ataques podem ser de 3 tipos:

Espontâneos → de causa não diretamente conhecida, ou seja, não são reconhecidos os estímulos emocionais que deflagraram a crise;

Determinados pela situação → houve uma situação (estímulo) que o desencadeou;

Ataques predispostos pela situação → há uma probabilidade, embora não total, que uma situação possa causar o pânico.

Além disso, no pânico, os ataques podem acontecer repentinamente e em qualquer lugar, até mesmo dormindo.

Quais são as causas do Transtorno do Pânico?

Transtorno da Síndrome do Pânico, Sintomas e Tratamentos – As causas são variáveis, mas todos os eventos que gerem estresse e ansiedade crescente, podem causar dificuldades de adaptação e desencadear as crises: promoção ou perspectiva de novo emprego, demissão, nascimento de um filho, casamento, separação, enfim, todos os acontecimentos marcantes da vida em que ela tenha uma dificuldade em lidar e uma sensação de insegurança e medo.

O desequilíbrio deste sistema de neurotransmissores, no Pânico, são os mesmos do Transtorno Depressivo, ou seja, a Noradrenalina e a Serotonina.

Existem algumas características notadas em quem possui pânico que são mais marcantes, o que chamarei de “traços de personalidade”. Quem está com o transtorno, geralmente, tem os traços mais rígidos ou de vulnerabilidade (que, no final das contas, são duas faces da mesma moeda). Podem ser:

Metódicas, perfeccionistas e que precisam manter o controle das situações;

Competentes no que fazem e confiáveis e, ainda assim, persistente sentimento de incapacidade;

Pensamento rígido;

Autocobrança, alto nível de estresse e expectativas, gerando estresse. Personalidade: “Tem que”;

Ocultam, disfarçam, resistem e reprimem suas emoções negativas. “Quem demonstra as emoções é fraco”;

Crenças sobre situações de perigo onde acreditam estar “perdendo o controle”;

Crenças negativas sobre si mesmo: “Sou incompetente: as coisas estão acontecendo e não estou conseguindo controlar”

Têm muitas dificuldades em lidar com imprevistos ou erros;

Dificuldadades para relaxar. A pessoa sempre “tem que” estar fazendo alguma coisa;

Tudo ou quase tudo precisa ser controlado, medido, calculado. Detestam imprevistos ou improvisos;

“Nada me aborrece, eu só quero ser feliz”. Esta é a impressão que muitas dessas pessoas causam às outras. Aparentemente, são super “cuca fresca”, não se incomodam nem se preocupam com nada. Por dentro, um vulcão bem escondido, e as demais, por vezes, se assustam com uma crise, dizendo: “Nossa, mas logo ele, teve isso? Ele sempre foi tão tranquilo!”;

Alguns medicamentos (anfetaminas) ou uso de drogas (cocaína, crack, ectasy, maconha) também podem propiciar episódios de pânico a partir de reações químicas no organismo.

De acordo com o CID-10 e o DSM-IV, o Transtorno de Pânico pode existir junto com a Depressão, e viceversa, sendo o Pânico com Agorafobia um pouco mais comum em mulheres.

Quais os sintomas do Transtorno do Pânico?

Em algum momento da vida a pessoa pode ter tido uma crise, sem necessariamente ter o transtorno. De acordo com o Manual de Saúde Mental (DSM-V) e do CID 10, qualquer indivíduo que esteja tendo outro transtorno de ansiedade (TAG, TEPT, Fobia Social, Fobia Específica) poderá experienciar algum ataque de pânico.

São necessários vários ataques durante semanas ou meses, com a preocupação crescente com doenças físicas, incluindo idas à emergências, consultas com vários médicos e exames para o diagnóstico do Transtorno, e pelo menos quatro sintomas descritos abaixo devem existir:

Batimentos cardíacos acelerados (palpitações, arritmia, taquicardia ou desconforto no coração, sensação de que ele está “descompassado” ou pode parar), podendo ser acompanhado da impressão de que está tendo um infarto e dores na região peitoral;

Falta de ar, sensação de sufocamento; sensação de asfixia;

Um medo enorme de morrer ou de estar na iminência de morte;

Medo de enlouquecer;

Sensação de que poderá ter uma crise a qualquer momento, principalmente nos locais em que já houve a crise;

Sudorese;

Ondas de frio e calor perpassando o corpo;

Tremores nas extremidades ou em locais diferentes do corpo;

Sensação de “não estar aqui”, de não estar passando por isso, ou de estar flutuando e com a cabeça “aérea”; de não ter um corpo ou de estar fora dele e de não ser quem é;

Tonturas, vertigens, enjoos, mal-estar abdominal e/ou sensação de que poderá desmaiar a qualquer momento;

Boca seca;

Dores no peito, desconfortos na região do tórax;

Formigamento ou dormências no corpo (pode chegar da ponta dos dedos dos pés até a língua e gengiva);

Respiração ofegante e dificultosa;

Rubor facial (em situações sociais, onde sente-se avaliada);

Medo acentuado de perder a razão, de enlouquecer;

Em alguns casos, de um minuto, os ataques podem levar até 10 minutos, mas para quem os têm parece uma eternidade. Importante frisar que o pânico pode vir acompanhado de outros transtornos, como alcoolismo, depressão. Geralmente, a síndrome do pânico vem acompanhado da Agorafobia, e a Agorafobia praticamente não costuma ocorrer sem que o indivíduo tenha experimentado pelo menos um ou dois ataques de pânico na vida, mesmo que não tenha o diagnóstico do Transtorno de Pânico. O Pânico acompanhado de Agorafobia costuma acometer mais as mulheres.

Lactato de sódio também pode propiciar um ataque de pânico aos que já têm o diagnóstico de pânico, devido ao aumento na noradrenalina. O lactato de cálcio é geralmente produzido após exercícios físicos.

Prolapso da Válvula Mitral (PVM), popularmente conhecido como sopro no coração, também pode ser confundido com um ataque de pânico, pois as sensações físicas são muito semelhantes.

Quais são os tratamentos para o Transtorno do Pânico?

Este é o transtorno, por conta dos sintomas, que mais leva a pessoa às emergências dos hospitais, pelo medo acentuado que ela tem que irá morrer. Com o tempo e sem tratamento, elas vão ficando a cada dia mais assustadas, preocupadas e nervosas, mas não conseguem racionalizar que os sintomas são de causas mentais e emocionais.

O Transtorno do Pânico não é uma doença física, mas emocional e psicológica; no entanto, está longe de ser uma “frescura”, “chilique” ou coisa de quem “não tem nada”. Não ter doença física não significa “não ter nada”, mas ela deve ser tranquilizada que ninguém morre de ataque de pânico. Antes e durante o tratamento, a pessoa se sente muito dependente das demais para prosseguir o tratamento, pois muitas vezes não se sente capaz de sair de casa. É muito importante o apoio da família e de pessoas próximas.

Algumas pessoas continuam com o transtorno latente, caso não estejam sob tratamento. Por isso é tão importante o tratamento durante todo o período necessário quando não houve sua remissão¹.

Primeiramente, a pessoa será acolhida, compreendida e nunca julgada. O Transtorno do Pânico pode levá-lo ao esgotamento e a um estado incapacitante. Familiares, amigos e a própria pessoa são informados que as crises não são “chiliques”, mas resultados de uma intensa e duradoura angústia e ansiedade, que agora, depois de tanto tempo, será avaliada com carinho, respeito e cuidado. O corpo e a mente são componentes do mesmo todo, e deflagram um sistema de proteção durante muito tempo até que o Técnicas cognitivo-comportamentais são muito utilizadas para a compreensão dos pensamentos que antecedem as crises e racionalização dos sintomas. Técnicas de relaxamento, hipnose e autohipnose são altamente recomendadas e utilizadas, de vários tipos.

¹Remissão: Desaparecimento dos Sintomas;